quarta-feira, 19 de setembro de 2012

"Que vem e que passa."



(Garota de Ipanema - Tom Jobim)

No meio de tanta informação do lado oeste de São Paulo ela parecia tão amarela, tão frágil, tão livre. Uma borboleta voando perto daquele monstro de metal parecia uma miragem voando por ai, esperando para ser vista.
Mas ninguém via.
Olhando para todos os lados só via pessoas apressadas, estressadas, "igualizadas" andando pela pequena faixa de pedestres de uma rua do lado oeste da cidade, sem nem ao menos perceber o bater das asas da pequena borboleta amarela.
Mas ela nem parecia notar.
Voava decidida por entre aquelas pessoas estranhas e o ônibus colossal, arranjando espaço para que sua delicadeza não se desmanchasse. Parei e deixei que a borboleta passasse. E ela seguiu seu caminho. Tão amarela, tão frágil, tão livre. E eu sorri e segui meu caminho. Tão cinzento, tão duro, mas agora tão livre.

(Tema: Unidade)

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