quinta-feira, 25 de outubro de 2012

"A luz dos olhos teus."



(Pela luz dos olhos teus)

Olhos para mim dizem muito sobre as pessoas. Olhos fixos, olhos cerrados, tantos estilos de olhares que mostram um pouco do que a pessoa é. 
Mas uma coisa que eu percebi é que todos os tipos de olhares, todas as cores de olhos, todos, sem exceção, tinham seu brilho. Todos exibiam a alegria que existia dentro da alma, que subia e transbordava pelos olhos, deixando-os vivos, alegres. Brilhantes.
Até o dia em que eu olhei dento, lá no fundo dos olhos dela, da Menina dos Olhos Apagados.
A Menina dos Olhos Apagados sempre estava sorrindo. A Menina dos Olhos Apagados sempre estava falando. A Menina dos Olhos Apagados sempre ajudava as pessoas. Mas a Menina dos Olhos Apagados nunca estava feliz.
Aquele brilho de todas as manhãs quando ela abria a janela nunca contagiava sua alma, lustrava seus olhos. Nunca estava em seus olhos. Ela sorria, mas nunca de verdade. Parecia feliz, mas nunca por inteiro. Dava um aperto no coração, um nó na garganta, um frio na espinha ao olhar para aqueles olhos daquela menina.  Da Menina dos Olhos Apagados.

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